terça-feira, 17 de agosto de 2010

Conexões

Oi Pessoal!

Voltei um pouco para a essência do blog. Passei um tempinho sem comentar o tópico relacionamento, mas algumas conversas me motivaram a postar sobre isso novamente.
Adoro bater papo com pessoas de outras gerações. Elas nos dão um ponto de vista distinto da época que vivemos hoje. Mas quando analisamos a ótica do comentário, percebemos que a dinâmica das situações passadas e presentes é quase a mesma.
Estávamos conversando sobre começo de namoro. Então indaguei: "E demorava pra dar beijinho?" E a resposta foi: "Vixi se demorava! Demorava até pra pegar na mão... Coisa de um mês!"
Hoje em dia os contatos físicos estão bem mais simples. Você pode chegar na balada e um cara te beijar sem prévio aviso. Depois vocês se apresentam - ou não!
Não só isso está mais fácil como ir pra cama também. Voltando a conversa anterior: "... Não é a toa que tem tantos casos de gravidez na adolescência. Será que é por falta de informação?" Minha resposta foi: "Eu acho que é sim!"
Bem, seria muito leigo da minha parte achar que saber botar camisinha na banana vai ensinar uma pessoa como se faz sexo. Para a parte prática, professor é o que não falta. Qualquer garoto(a) de 13 anos sabe em detalhes como se faz. O problema é que eles não sabem como e quando "ir pra cama."
A falta de informação que existe hoje em dia é do lado social. E de uma maneira machista, estou falando literalmente das meninas/mulheres. Eu fico indignada de ver essas revistinhas adolescentes dando os conselhos mais absurdos para meninas de 15, 16 anos. "Vá lá e conquiste seu gato!", "Tome a iniciativa, você pode!" Meu Deus! Meninas que seguem essa bíblia ao pé da letra nada mais fazem do que pagar muito mico ou sobrar sozinha até que aprendam - ou as companhias serão bem rotativas, acredite!
Primeiro, mandar uma menina de 15, 16 anos chegar na balada e ir beijando o cara que lhe interessa só traz prejuízo. Elas não tem maturidade para entender o papel que elas estão se colocando. Na ótica masculina, uma menina dessas tem duas opções: ou toma um empurrão; ou o cara gosta, leva pro "canto" (entenda motel, casa, carro, ou canto mesmo), faz o que quer - em diferentes gradações, dependendo da idade - e depois, tchau. E as meninas ficam encantadas, achando que o cara quer namorar com ela porque deu uns peguinhas. E isso se perpetua dos 15 aos sei lá eu quantos anos - a mais velha que eu achei pensando assim tava na casa dos 40... triste.
Só pra exemplificar - esse post vai ficar enorme, estou inspirada hoje - outro dia fui almoçar com uma amiga minha. Muito rude da minha parte, a deixei falando sozinha por um momento porque não consegui desviar minha atenção na conversa da mesa ao lado. Eis a situação (o que passava pela minha cabeça em itálico): A menina estava reclamando do ex-ficante - Já diz o prefixo ex. Passado. Já era. Acabou. Ela dizia que eles continuavam amigos, e ela contava tudo para ele: com quem ela saia, como, onde e quando - Tem coisas que você não conta nem pra melhor amiga, por que você vai falar para o ex-ficante? E ela achava esquisito que o rapaz não falava nada para ela - Sim, porque ele já terminou com você, dã!!! Enfim, então ela contou que o rapaz telefonava as vezes para sair e acabava rolando. E no dia seguinte, ela ligava para o rapaz o chamando para sair e ele dava desculpa. Dizia que ia ensaiar com a banda dos amigos e coisa assim. Será o benedito que essa menina não percebeu a geladeira em que ela se meteu?
Digo geladeira pois é o termo usado para designar o lugar onde se coloca a comida pronta, rápida, fácil e prática. Parafraseando o Cafa do blog Manual do Cafajeste para Mulheres (manualdocafajeste.com), a "mulher pizza delivery" é aquela que você liga, ela vem, você come e tem que ficar lembrando dela até na manhã seguinte.
Voltando da digressão, nas aulas de educação sexual na escola, muito se ensina sobre prevenção, doenças, como funciona e o diabo a quatro. Mas ninguém ensina noções de comportamento social, valorização de ambos os sexos, gentileza, entre outras tantas coisas que faltam nos jovens de hoje em dia. Mais um desvio aqui, repare no metrô quantos velhinhos em pé porque ninguém cedeu o lugar... e a moçada lá, sentadona! Ceder lugar pra mulher, então, esquece. Quiz a igualdade dos sexos, agora aguenta!
De volta, agora pra acabar. As meninas/moçoilas/mulheres tinham que aprender a se virar em ambas situações. Se você quer ser lanchinho e ficar na geladeira de um cara esperando ser chamada, você pode. Mas a situação tem que ser recíproca. O rapaz te usa e você usa o rapaz. Nenhum dos dois quer envolvimento. O que se procura é alguém para passar um tempinho gostoso juntos. E só o tempinho. Por isso eu defendo que namoros surgem de amizades, e não de um cara que você desenvolve um relacionamento [artificial] rápido demais sem seguir a ordem natural das coisas: conhece, se relaciona, assume compromisso.
A diferença entre a moda antiga e a moda de hoje é que antes era difícil pegar na mão. Hoje é fácil demais.
Pensamento do dia: Sexo casual é como ir num baile sem parceiro. Você chega, o cara olha, dá um sorrisinho, chega, vocês dançam, acaba a música, e vocês vão embora, cada um com quem veio. Os dois são atividades físicas prazeirosas, mas felizmente não se precisa de preservativos para dançar com estranhos!
Beijos a todos!
Ju