segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sofrer pra que?

Conversas dessa semana me fizeram refletir sobre o que faz ou não um relacionamento valer a pena, desde seu inicio até algum tempo depois.

Antes de começar a refletir, minha visão sobre homens e mulheres tem de ser explicitada. Apesar de certos comportamentos terem mudado ao longo do tempo – com o advento do feminismo, por exemplo – todo o ritual da escolha do par ainda segue os instintos primitivos. A fêmea escolhe o macho, e esse por sua vez dá o passo pra iniciar a relação.

Vou ilustrar esse texto com uma história que vejo se repetindo dia após dia. Fico assustada com o tanto de gente – principalmente mulheres – que se mete sempre na mesma encrenca.

Imagine uma balada, cenário típico de inicio de relacionamento, rolo, pegada, ficada, como queira. Chamemos nossa mocinha de Miriam. Ela esta “a caça”, ou seja, querendo se divertir acompanhada, mas ainda sem a companhia. A idéia final dela mesmo é arranjar um namorado, mas um ficante só já estaria bom. Ela chega, começa a dançar (geralmente com o grupo de amigas), e vai fitando os rapazes possíveis em volta. O primeiro erro nessa etapa é a falta de comunicação visual. As meninas são ensinadas desde seus primeiros exemplares de Capricho que são elas quem escolhe os parceiros, que essa é a maneira natural – como eu disse acima – e que se os caras são parados, elas tem o dever de tomar a iniciativa. Essa é a maior causa do sofrimento, em minha opinião. A mulher escolhe o homem sim, mas ela escolhe um homem que queira ser escolhido por ela. E o sinal que macho quer ser cotado é um olhar correspondente ao seu. Por mais pacato que o rapaz seja, ele vai sempre estar olhando pra alguma coisa ou alguém. Não são poucas as meninas que investem em um rapaz sem observar nenhum sinal de correspondência antes. Aí é cara no muro com certeza.

Também é necessário lembrar que, não importa o que façamos, o relacionamento depende das duas pessoas. Se a outra parte não está interessada, há muitos outros peixes no mar.

Ao fim de tudo isso, minha sincera opinião é que são raros os relacionamentos duradouros que começam do zero e se constroem numa balada. Esse ambiente é bom para fazer acontecer algo que já venha se construindo antes. Ou no caso de começar nela, o ideal é sair da pista e ir pro dia claro o mais rápido possível. Afinal, como meus amigos dizem: Beijou em público, ta namorando!

Beijos a todos!